segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Frankenpen II - Skater 1950

Felizmente já está mudando, mas até bem pouco tempo, produto chinês era sinônimo de falsificação mal-acabada. No ramo das canetas tinteiro, isso está bem longe de ser verdade hoje. Essa tendência entretanto, não foi exclusividade dos chineses. No pós guerra, o Japão estava em sérias dificuldades, pois sua indústria estava destruída e desacreditada.


Muito produto "inspirado", foi fabricado no Japão. A caneta mais famosa, foi a P. ARKER. Na caixa, vinha o ponto de abreviação na letra P, mas esse ponto logo sumia e a caneta virava uma PARKER...


Outro prodígio da época, foi a Skater. Enquanto a P. ARKER imitava a Parker 51, a Skater imitava as Parker Vacumatic em celulóide laminado (as famosas "rajadinhas"), que embora não fossem mais fabricadas, ainda tinham muitos seguidores.


Encontrei minha Skater no Mercado Livre. O vendedor pedia R$ 10,00. Ofereci R$ 5,00 e ele topou...


A caneta, chegou em estado de miséria. Não tinha clipe, estava com a tampa descolada longitudinalmente (as canetas em celulóide eram feitas de uma lâmina moldada e colada) e chacoalhava, isto é, fazia barulho de coisa solta dentro quando se balançava.


A pena, por incrível que pareça, era uma genérica folheada a ouro, que depois mostrou ser super macia.


Não seria propriamente uma Frankenpen se tivesse vindo com clipe... Depois de procurar fotos, encontrei uma onde aparecia a tampa em close. O clipe imitava a flecha da Parker. Revirando as sucatas, encontrei um velho clipe de Parker 51 Vacumatic que serviu direitinho. 


Tampa colada, limpeza geral e fixação das peças internas (já que o "ink sac" incrivelmente estava íntegro...) e a caneta ficou pronta. Pode não ser uma caneta de "pedigree", mas há poucas sensações mais agradáveis do que tirar uma caneta da lata do lixo...



Um comentário:

  1. Realmente, essas canetas Skater são muito bonitas, principalmente após um bom polimento do corpo e da tampa. Uma pena é a qualidade das partes metálicas. Quanto ao clipe e à jóia, essas raramente sobrevivem nessas canetas, pois sempre foram usadas para consertos de Parkers 51.
    Eu tenho algumas delas e sempre se prestaram ao um bom conserto como frankenpens. Nessas eu cheguei a colocar numa um ink sac de silicone transparente e pena de ouro 14K genérica.
    essa marca também fabricava um outro modelo chamado de Premier. Aparentemente, devia vir com acabamento melhor. As poucas que obtive sempre estavam com partes faltando.
    Um abraço e quem sabe poste algumas fotos das suas sucatas e ferramentas de conserto de canetas.

    Luciano B. Rodrigues

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